Itã, Orin, Oriki e Ijó, são quatro contadores de histórias que percorrem o mundo compartilhando lendas ancestrais da África através da palavra, do canto, da música e da dança. A primeira lenda: “Ananse – o primeiro contador de histórias” conta como Ananse, um homem-aranha, libertou a histórias de um baú mágico, espalhando todas pelo mundo. A segunda, “Quando os Ibejis venceram Iku, a morte”, mostra como duas crianças gêmeas receberam a tarefa de livrar sua aldeia da morte, e fizeram isso com música!
Concepção, Direção: Marcos Caye Lara
Elenco: Bruno Schultz; Filipe Maramba, Gelton Quadros, Thayná Máximo
Figurinista: Bruno Rodrigues
Cenografia: Marcos Caye Lara e Rusha Silva
Bonecos: Katia Bohrer – Costura Criativa
Elementos de cena: Marcos Caye Lara, Karina Maia Dick
Composição musical: Bruno Schultz, Filipe Maramba, Gelton Quadros, Karina Maia Dick, Thayná Máximo, Marcos Caye Lara
Direção Musical: Bruno Schultz, Gelton Quadros
Dramaturgia: Marcos Caye Lara, Bruno Schultz, Filipe Maramba, Gelton Quadros, Karina Maia Dick, Thayná Máximo.
Direção de elenco: Karina Maia Dick
Produção: Marcos Caye Lara (Casa das Artes)
Iluminador: Rafael Jacinto
Assessoria de Comunicação: Laboratório K
Designer Gráfico: Silvia Andrade (Partícula)
Assistente de Produção: Karina Maia Dick (Laboratório K), Tatiana Barrios Vinadé
Pesquisa cultural: Tatiana Vinadé, Karina Maia Dick, Marcos Caye Lara
O espetáculo é inspirado numa cena ancestral: um povo de uma aldeia em torno de uma fogueira, reunido embaixo de uma árvore, o Baobá, em posição central uma anciã conta histórias, partilha conhecimentos e tradições, seleciona memórias e assim constrói uma identidade. As histórias escolhidas são “Ananse – o primeiro contador de histórias”, oriunda do povo Ashanti , e “Quando os Ibejis venceram Iku, a morte” de origem Yorubá.
Os elementos que compõem o espetáculo como a sonoridade, figurinos, as lendas, os cenários, trazem representações e identificações com nossa herança africana. As músicas, por exemplo, foram compostas pela equipe contemplando diversos ritmos bem brasileiros, tais como: rezas de Orixás (pontuando o aspecto religioso da nossa herança cultural), Samba, Funk, Hip Hop, Carimbó, e nossa música gaúcha. Outros símbolos importantes da pesquisa cultural que constituem os elementos criativos da cena são os Adinkras. São grafismos, oriundos do povo Ashanti, de Gana, cada um deles tem um conceito especial, por exemplo: Nyame-dua – a árvore de deus, símbolo da presença e proteção divina, usada parar marcar lugares sagrados, este está representado pelo cenário, um imenso Baobá. A estilização do cenário é composto pelos Adinkras, tais como Ananse-Ntotan – a teia da aranha – símbolo da sabedoria, criatividade, engenho e complexidade da vida, Ananse é também o mensageiro do ser supremo. Ele é dono de todas as histórias, por vezes é chamado de malandro, devido às suas artimanhas para conquistar seus objetivos. Uma das mais importantes, a Sankofa, é um símbolo que representa a lembrança da história afro-americana e afro-brasileira, por ela recordamos os erros do passado para que eles não sejam cometidos novamente no futuro. Isto é, representa o retorno ao passado para que seja possível adquirir conhecimento e sabedoria. Em certos momentos, este símbolo é associado à Consciência Negra.
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